C-seções não ligadas à depressão feminina

 

Método de parto do bebê não afeta a depressão pós-parto, diz estudo, no preço do misoprostol

Por Miranda Hitty

DOS ARQUIVOS WEBMD

24 de fevereiro de 2005 - O risco de depressão de uma mulher grávida após o parto não é afetado pela forma como seu bebê é entregue, dizem pesquisadores do Reino Unido.

"Não há razão para que as mulheres em risco de depressão pós-parto sejam tratadas de forma diferente em relação ao tipo de parto", escrevem no BMJ Online First.

A descoberta vem de um estudo com mais de 14.600 mulheres que deram à luz entre abril de 1991 e dezembro de 1992. O tipo de parto – vaginal, cesariana planejada ou cesariana de emergência – e o histórico de depressão das mulheres foram anotados. As mulheres também preencheram um questionário de depressão oito semanas após o parto.

Cerca de 80% das mulheres tiveram parto vaginal espontâneo e 11% tiveram parto vaginal assistido com instrumentos médicos. As cesarianas de emergência (cesarianas) foram realizadas em 5% das participantes e 3,6% tiveram uma cesariana planejada.

Estudos anteriores sugeriram uma ligação entre cesarianas de emergência e depressão pós-parto. Outro trabalho indicou que cesarianas eletivas podem diminuir o risco de depressão pós-parto, dizem os pesquisadores, que incluíram Roshni Patel, bolsista de treinamento clínico acadêmico do departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Bristol.

Mas não foi isso que a equipe de Patel descobriu. Seus resultados mostraram que o tipo de parto não afetou o risco de depressão pós-parto.

Nas mulheres que planejaram um parto vaginal, aquelas que tiveram parto vaginal ou cesariana de emergência apresentaram riscos semelhantes de depressão pós-parto.

"Mulheres que planejam parto vaginal e precisam de cesariana de emergência ou parto vaginal assistido podem ter certeza de que três não são motivos para acreditar que estão em maior risco de depressão pós-parto", diz o estudo.

Nem ter histórico de depressão nem depressão durante a gravidez foi relacionado a cesarianas de emergência.

"A cesariana eletiva não protege contra a depressão pós-parto", escrevem os pesquisadores.